Engraçado como raramente paramos para pensar em quantas pessoas passam por nossa vida de forma influenciável, ou não: desde o trocador do ônibus até os nossos mais fiéis amigos. Independentemente de qualquer grau de interferência, nossas vidas, de algum modo, acabam por se cruzar.
Dadas as circunstâncias, algumas pessoas acabam por se tornar especiais, ainda que a sua passagem tenha se dado de forma transitória. Infelizmente, não possuímos tempo e disposição para mantê-las ao nosso redor ad eternum. Elas também tem os seus afazeres e outras pessoas especiais para conhecer. Parece que essa é uma prática que a vida contemporânea tende a nos afastar, mas no fundo não é possível. Apesar de alguns estudiosos do passado terem dito que o ser humano é egoísta por natureza, creio que eles um tanto quanto pessimistas. Fazer amizades é algo nato do ser humano, ainda que por vezes afastado do cotidiano, cite-se como exemplo a grande ampliação das redes sociais, nas quais pessoas do mundo inteiro, que jamais se viram, acabam se tornando verdadeiras amigas e até conseguindo relacionamentos mais estreitos. Não existe lugar e nem tempo certo para a sua prática, não há lei nem moralidade que vede.
Pessoas especiais passarão por nossa vida até o nosso último suspiro, e é bom que mantenhamos a nossa prática de estimular boas amizades e que tenhamos humildade suficiente para reconhecer nossos erros e voltar a ter contato com aquelas que afastamos por atos nossos. Afinal, o que nos distingue dos outro animais é exatamente isso: ampla capacidade de interação com os outros seres e a criação de vínculo afetivo com eles, e não pura e simplesmente a capacidade de pensar, já que temos muitos exemplos de pessoas que pensam menos que um girino.
Sem mais.
Por aqui eu fico.