quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sem Dormir


Quarto escuro
Noite sombria
Olho nossa cama... Está vazia
Cadê seus murmúrios gritando paixão?
Saudade maltrata... Só traz solidão
Vejo suas fotos
Lembro-me dos beijos
Das noites viradas, todas sem dormir
Não te dei motivos ‘pra’ chegar e sumir
Fugir da minha vida assim, de repente
Sinto falta dos gemidos no meu ouvido a zunir
Seu sorriso encantado
Nariz de princesa
Corpo torneado, andar de alteza
Sua pele molhada, exibindo suas formas
Muito apaixonado
Isso tudo me toma.
Mas você partiu
E assim me deixou
Sozinho em mim mesmo
É assim que estou
Sei que sentes minha falta
Do meu corpo no seu
Dos sussurros no ouvido
Minhas mãos a tocar
Cada parte de ti... Encontrando prazer
Cada toque um sentido
Tu dizias me amar...

Felipe Menezes e Danielle Sgorlon
@Felipe_SMenezes @Danisgorlon


Eu que achava difícil escrever nos dias atuais, achei uma bela parceira que me ajudou a retomar essa forma literária.
Que essa parceria seja apenas a primeira de muitas...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

E o tal casamento...

Com a chegada do casamento de um amigo e antenado para o momento em que a inspiração supostamente se manifestasse, acabei escolhendo como objeto da minha postagem o "casamento". Esse tema é tratado em diversos campos de estudos, tais como sociologia, teologia, psicologia, filosofia, direito, entre outros. Tomando como exemplo o campo jurídico, talvez por ser aquele em ue eu melhor me ambiento, já se nota a complexidade que envolve o assunto. Há quem diga se tratar de um contrato, há também quem sustente ser uma grande instituição social e ainda existe quem defensa ser um ato complexo. Vê-se que o consenso é algo distante.
Relegando um pouco esse lado científico de ver as coisas, tratemos o matrimônio com mais informalismo. Será que quando estão na frente do Padre (pastor, juiz de paz, tabelião) os nubentes tem noção do que significa "até que a morte os separem"? Parece que tem se seguido pelo caminho contratual do casamento. "Se não der certo, é só desfazer. O divórcio está aí para isso." De certa forma, presenciamos a banalização daquilo que é tido como santo no texto sagrado. Quando da criação do mundo, Deus já tinha percebido que não era conveniente que o homem permanecesse só e, por isso, criou a mulher, para ser sua auxiliar, em razão da semelhança. Em Gênesis 2, 24, se diz que o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne. Não quero tornar o texto em um sermão religioso, até porque assim não sou, mas me amparo nestas palavras, como poderia ser em quaisquer outras de outras religiões, para ratificar a importância do casamento. Se é falado em se tornar uma só carne, quer dizer que é algo irreversível, que não se pode mais desfazer. Não há como dividir um coelho em dois, utilizando o mesmo corpo. O mesmo acontece com o casal, quando assim se torna, passa a ser uma unidade indivisível.
Quem me conhece talvez até estranhe essas minhas palavras quanto a este assunto, mas parece que eu nunca deixei bem claro aos meus o que entendo do casamento, o que passo a fazer agora. Dada a importância e tranformação envolvida no assunto, é louvável que se seja mais creterioso para a escolha de quem formará uma só carne contigo. Ocorre que, com a modernidade hodierna, as pessoas têm escolhido seus pares de forma leviana, gerando, assim, uniões instáveis, que a qualquer abalo tenderá a desmoronar, podendo afetar, inclusive, aqueles que foram gerados desta união.
Pode até parecer bobagem, mas um reflexão mais sistemática leva a conclusão de que toda sociedade começa pela família. Sendo esta instável, com certeza o meio social também o será. Ou será que a balburdia social pela qual passamos não guarda qualquer vínculo com a maneira irresponsável que tem sido conduzida a construção familiar? Creio, com o meu singelo campo de conhecimento, que o entendimento da real finalidade da união de um casal ajudaria, e muito, no conserto da nossa sociedade, que anda tão combalida.
Pensemos no assunto, ainda que despropositalmente e durante um engarrafamento de sexta-feira...
Sem mais.
Felipe Menezes.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Só Falta Isso

Ter minha paixão
É o que eu mais quero
Quanto tempo preciso
É claro, espero
Viver sozinho
Já não quero mais
Ficar sem um ninho
Isso nunca, jamais
Por isso procuro
Eu quero achar
Mesmo que no escuro
Eu quero ganhar
Pode ser amizade
ou amor verdadeiro
Só não quero maldade
Nem amor traiçoeiro
Por fim eu te peço
Ajoelho e imploro
Só não quero regresso
À tristeza que moro

Tenho dinheiro
Isso é muito legal
Perder o que tenho
Já não me faz mal
Disseram "eu te amo"
Alguém que me diz?
É só disso que eu preciso
Para ser Feliz.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Verdadeiro Poeta

Hodiernamente, é possível serem vistas inúmeras pessoas se intitulando poetas em razão de conseguirem fazer alguns jogos com as palavras e criando rimas pobres. Analisando a vasta carga poética feita pelos nossos antepassados, verifica-se que se valiam pouco de rimas. Não que estas eram ignoradas, mas se tratavam de mero artifício linguístico para atingir o objeto principal: a transcrição do estado anímico da pessoa. Exatamente isso, sendo o próprio eu lírico ou uma terceira pessoa, a idéia central das boas poesias consistiam em uma profunda e verdadeira análise da alma humana. Este era o verdadeiro poeta, aquele que buscava nas palavras a descrição mais próxima do que se passava no foro íntimo do ser: angústia, sofrimento, felicidade, alegria, ufanismo, amor, paixão, ódio.
As rimas apareciam de fomas tranversa, de modo a embelezar ainda mais aquilo que já era belo, dada a perfeição do ser humano, criado a imagem e semelhança do criador. Assim, a poesia nada mais se passava da tentativa do ser humano se auto conhecer, se assemelhando a uma psicologia literária.
Infelizmente, por muitos, tal forma poética foi esquecida, vigorando aquela em que a estrutura montada pelas palavras vale muito mais do que elas realmente querem dizer. Se de alguma forma transcreveram alguma sensação humana (note-se que nem se fala mais de sentimento), bom, caso contrário, pelo menos fará sucesso e poderá virar a música mais tocada no carnaval. Paciência.
Sem mais.
Por aqui, eu fico.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Pessoas Especiais

Engraçado como raramente paramos para pensar em quantas pessoas passam por nossa vida de forma influenciável, ou não: desde o trocador do ônibus até os nossos mais fiéis amigos. Independentemente de qualquer grau de interferência, nossas vidas, de algum modo, acabam por se cruzar.
Dadas as circunstâncias, algumas pessoas acabam por se tornar especiais, ainda que a sua passagem tenha se dado de forma transitória. Infelizmente, não possuímos tempo e disposição para mantê-las ao nosso redor ad eternum. Elas também tem os seus afazeres e outras pessoas especiais para conhecer. Parece que essa é uma prática que a vida contemporânea tende a nos afastar, mas no fundo não é possível. Apesar de alguns estudiosos do passado terem dito que o ser humano é egoísta por natureza, creio que eles um tanto quanto pessimistas. Fazer amizades é algo nato do ser humano, ainda que por vezes afastado do cotidiano, cite-se como exemplo a grande ampliação das redes sociais, nas quais pessoas do mundo inteiro, que jamais se viram, acabam se tornando verdadeiras amigas e até conseguindo relacionamentos mais estreitos. Não existe lugar e nem tempo certo para a sua prática, não há lei nem moralidade que vede.
Pessoas especiais passarão por nossa vida até o nosso último suspiro, e é bom que mantenhamos a nossa prática de estimular boas amizades e que tenhamos humildade suficiente para reconhecer nossos erros e voltar a ter contato com aquelas que afastamos por atos nossos. Afinal, o que nos distingue dos outro animais é exatamente isso: ampla capacidade de interação com os outros seres e a criação de vínculo afetivo com eles, e não pura e simplesmente a capacidade de pensar, já que temos muitos exemplos de pessoas que pensam menos que um girino.
Sem mais.
Por aqui eu fico.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

E a educação? Como vai?

Na capa da revista Veja dessa semana vem estampada alguma coisa que eu não me lembro relativa a corrupção dos nossos queridos políticos - de fato o são, caso contrário não seriam tantas vezes eleitos. Dei uma breve folheada na matéria. Algumas matérias da Veja são boas de serem lidas ante a quase agressividade que exala o autor e , em se tratando desse tipo de matéria, tudo tem haver a agressividade já que revolta a conduta dos nossos representantes.
Todavia, algumas horas depois da leitura, eu fui dar um breve "passeio" de carro pelas ruas da nossa cidade. Agressivo de igual forma é o jeito que as pessoas se portam no trânsito. Se pudessem, jogariam os carros umas nas outras, e isso não está muito longe de acontecer. Incrivelmente, todo mundo quer tirar vantagem dos outros e, infelizmente, isso não é visto apenas no trânsito. Pessoas furando fila? Pessoas tentando subornar aquele Guarda Municipal que o multou corretamente? Tráfego pelo acostamento? Rodar em contra mão? Pessoas jogando trabalho nas costas daquele colega que é tido como otário? Pessoas se utilizando de um cargo público ou status social para levar alguma vantagem? Essas condutas e mais outras já foram vistas por aí? Pois é, é o famoso jeitinho brasileiro. A famigerada Lei de Gerson, onde o intuito é sempre levar vantagem quando possível, e se não for possível, dá um jeitinho que acaba se modificando o quadro.
Pois então, não dá para concluir que a política imunda é apenas um reflexo da sociedade em que vivemos? Creio eu que a situação é apenas de oportunidade e conveniência, onde aquele que tem acesso a uma facilidade, ainda que ilícita, não pensa duas vezes antes de obtê-la. "Políticos safados, ladrões, só querem saber do dinheiro do povo". E se fosse você lá? Com aquela dinheirama toda a sua frente? Evocaria os princípios éticos e morais que utiliza para julgar os políticos ou também arrumaria um jeitinho de ser dar bem? Dois pesos e duas medidas? Triste hipocrisia social.
Sem mais.
Por aqui eu fico.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Só o início...

... um dia eu gostava de escrever todos os dias, mas com o passar do tempo esse prazer foi se esvaindo sem justa razão, até que passei a escrever apenas quando exigido profissionalmente - advogados vivem da escrita, e da eloquência também. Hoje decidi que retornaria a escrever apenas por prazer, sem compromisso algum ou prazo a cumprir.
Não vai ser agora que será "dado o start", compromissos da vida me exigem a presença, porém essa introdução já serve de estímulo para que no percurso eu já tente imaginar qual será o próximo texto, ou pelo menos o seu esboço.
Sem mais.
Por aqui eu fico.