quarta-feira, 15 de setembro de 2010

E o tal casamento...

Com a chegada do casamento de um amigo e antenado para o momento em que a inspiração supostamente se manifestasse, acabei escolhendo como objeto da minha postagem o "casamento". Esse tema é tratado em diversos campos de estudos, tais como sociologia, teologia, psicologia, filosofia, direito, entre outros. Tomando como exemplo o campo jurídico, talvez por ser aquele em ue eu melhor me ambiento, já se nota a complexidade que envolve o assunto. Há quem diga se tratar de um contrato, há também quem sustente ser uma grande instituição social e ainda existe quem defensa ser um ato complexo. Vê-se que o consenso é algo distante.
Relegando um pouco esse lado científico de ver as coisas, tratemos o matrimônio com mais informalismo. Será que quando estão na frente do Padre (pastor, juiz de paz, tabelião) os nubentes tem noção do que significa "até que a morte os separem"? Parece que tem se seguido pelo caminho contratual do casamento. "Se não der certo, é só desfazer. O divórcio está aí para isso." De certa forma, presenciamos a banalização daquilo que é tido como santo no texto sagrado. Quando da criação do mundo, Deus já tinha percebido que não era conveniente que o homem permanecesse só e, por isso, criou a mulher, para ser sua auxiliar, em razão da semelhança. Em Gênesis 2, 24, se diz que o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne. Não quero tornar o texto em um sermão religioso, até porque assim não sou, mas me amparo nestas palavras, como poderia ser em quaisquer outras de outras religiões, para ratificar a importância do casamento. Se é falado em se tornar uma só carne, quer dizer que é algo irreversível, que não se pode mais desfazer. Não há como dividir um coelho em dois, utilizando o mesmo corpo. O mesmo acontece com o casal, quando assim se torna, passa a ser uma unidade indivisível.
Quem me conhece talvez até estranhe essas minhas palavras quanto a este assunto, mas parece que eu nunca deixei bem claro aos meus o que entendo do casamento, o que passo a fazer agora. Dada a importância e tranformação envolvida no assunto, é louvável que se seja mais creterioso para a escolha de quem formará uma só carne contigo. Ocorre que, com a modernidade hodierna, as pessoas têm escolhido seus pares de forma leviana, gerando, assim, uniões instáveis, que a qualquer abalo tenderá a desmoronar, podendo afetar, inclusive, aqueles que foram gerados desta união.
Pode até parecer bobagem, mas um reflexão mais sistemática leva a conclusão de que toda sociedade começa pela família. Sendo esta instável, com certeza o meio social também o será. Ou será que a balburdia social pela qual passamos não guarda qualquer vínculo com a maneira irresponsável que tem sido conduzida a construção familiar? Creio, com o meu singelo campo de conhecimento, que o entendimento da real finalidade da união de um casal ajudaria, e muito, no conserto da nossa sociedade, que anda tão combalida.
Pensemos no assunto, ainda que despropositalmente e durante um engarrafamento de sexta-feira...
Sem mais.
Felipe Menezes.

2 comentários:

  1. Engarrafamentos rendem muitos textos... Pelo menos isso!
    Que venham mais!

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  2. Acho que casamento é um ato complexo, mas que o início seja sempre com open bar e aquela exibição do amor eterno nas fotos...

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