Hodiernamente, é possível serem vistas inúmeras pessoas se intitulando poetas em razão de conseguirem fazer alguns jogos com as palavras e criando rimas pobres. Analisando a vasta carga poética feita pelos nossos antepassados, verifica-se que se valiam pouco de rimas. Não que estas eram ignoradas, mas se tratavam de mero artifício linguístico para atingir o objeto principal: a transcrição do estado anímico da pessoa. Exatamente isso, sendo o próprio eu lírico ou uma terceira pessoa, a idéia central das boas poesias consistiam em uma profunda e verdadeira análise da alma humana. Este era o verdadeiro poeta, aquele que buscava nas palavras a descrição mais próxima do que se passava no foro íntimo do ser: angústia, sofrimento, felicidade, alegria, ufanismo, amor, paixão, ódio.
As rimas apareciam de fomas tranversa, de modo a embelezar ainda mais aquilo que já era belo, dada a perfeição do ser humano, criado a imagem e semelhança do criador. Assim, a poesia nada mais se passava da tentativa do ser humano se auto conhecer, se assemelhando a uma psicologia literária.
Infelizmente, por muitos, tal forma poética foi esquecida, vigorando aquela em que a estrutura montada pelas palavras vale muito mais do que elas realmente querem dizer. Se de alguma forma transcreveram alguma sensação humana (note-se que nem se fala mais de sentimento), bom, caso contrário, pelo menos fará sucesso e poderá virar a música mais tocada no carnaval. Paciência.
Sem mais.
Por aqui, eu fico.
Desce aquele do Paulo Mendes Campos!
Há 8 anos
É... hoje ser poeta, para muitos, é apenas rimar...
ResponderExcluirVersos pobres para almas pobres...
Sem sentimentos, sem conteúdo... Apenas transcrição de um vocabulário ruim...
Gosto de escrever... Mas nunca destituída de alma, de sentimentos...
Escrever para mim, é exatamente sentir... Exteriorizar o que se passa em mim... dentro de mim, em minha alma inquieta... Alma refém dos sentimentos e das palavras...
Beijos... que bom que voltou a postar...
Você escreve bem demais mocinho... hahaha